Aquela festa que você deixou de ir porque estava com sono, aquela mesma. Lá estava os amigos que você deixou de fazer, as oportunidades que você deixou passar, uma partezinha da sua vida que você perdeu. Aquela aula do último período que você deixou de matar, aquele café que você deixou de ir tomar com sua amiga de anos, aquele sushi que você negou porque “mal conhecia ele!”. Acorde. A vida passa, as pessoas passam, você passa. Não quer deixar suas marcas?
A vida muda quando você deixa de ir para a direita e vai para a esquerda. E se você tivesse mudado o curso? Desistido do caminho? Voltado para casa? E se? Você nunca saberá. Mas uma coisa é certa: Nunca deixe passar oportunidades. Você sente quando elas existem, no fundo você sempre soube.
Acordar sozinha é melhor do que acordar mal acompanhada? Se é pra sair com frio é melhor ficar em casa? Se é pra ir em algum lugar sem ele, você prefere não ir? Nada sem ele tem graça? REALMENTE, mude de vida. Ou melhor, mude de nome – porque isso é muito constrangedor. Sua vida social se resume em encontros com seu namorado e 1 vez por mês com suas amigas? Você é solteira e vai pra balada 3 vezes ao ano? Não quer conhecer ninguém diferente dos seus parâmetros porque você esta esperando o príncipe encantado? Lamentável.
Com isso você deixa passar pessoas interessantes, amigos inseparáveis, experiências, histórias, risos, tombos, conversas sinceras na madrugada, abraços honestos, confissões, vodka e pizza fria de café da manhã, banhos de mar a luz da lua, beijos descompromissados e inesquecíveis. A vida não precisa de um contrato, a vida não precisa ser toda feita de planos e projetos. Não tenha somente planos, tenha histórias. Tenha vida. Tenha emoção.
Olhe para trás. O que você carrega? Se você morresse hoje a vida teria realmente valido a pena? Não? Corra!! Seu caminho tem que ser cheio de perdas, de promessas quebradas, de erros, de fracassos, de micos. As coisas não vão ser perfeitas, não devem ser perfeitas. Perfeitos devem ser os momentos em que perdemos o fôlego, o salto, a dignidade, e a carteira de motorista. Perder para ganhar. Viver para sentir. Ser para ter.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A manhã seguinte sempre chega
"Quer queira, quer não, nossa presença é sempre uma promessa muda. Descia eu na frente pela escada de incêndio com duas mãos pequenas nos ombros e um hálito feliz me abraçando. A luz pifa de assalto, eu paro, você tromba em mim e ri forte. Como você quer descer escadas sem enxergar? - "Caminho em qualquer escuridão com seus ombros por perto, confio que você não vai me deixar cair". Tão perigosas metáforas, quanto seus beijos acidulantes de morango.
É bonito de se ver. A gente hoje se respira, se envolve feito leite e café, corremos na direção do outro sem medo de atravessar-se numa colisão violenta onde nenhum de nós desafia evitar. Eu quero me tornar no que te agrada, fazê-la de meu vento, e você me questiona sobre cores, filmes, texturas, lugares, cantores latinos, tamanhos, ritmos e sabores favoritos de pipoca.
O cinema espera, mal conseguimos vencer o trecho da rua, usamos o máximo de tempo cruzando uma distância percorrível em segundos, nos abraçando, trocando afagos, indo um contra o outro. Perto de seus olhos, eu vejo, parece, eu sinto, sou você. E você é eu. E esse querer é uma noite apaixonada de sexo com um dia seguinte, onde cada qual toma seu rumo. No melhor estilo Milan Kundera, nos amaremos para todo o sempre, até que uma manhã dessas, seja a seguinte.
Ninguém pode se apaixonar a não ser que se sinta solitário. É a desolação que inspira o calor. O amor vem do quente "que sorriso bonito" que você me disse. Já escutei a frase incontáveis vezes, realmente várias, mas nunca soprando tão açucarada. Nunca dita bem no meio do sorriso, ecoando a rua, me olhando e rebatendo um melhor ainda. Sorriso com os olhos, de quem gosta, de gente alegre. Como um jardim residencial de girassóis, um sorriso pra onde sempre quero voltar.
Assim como todo romance verdadeiro, construído sem perceber, a manhã seguinte ainda vai desanuviar, metaforicamente, amanhecendo a cada novo "alô, quem fala?", a cada palavra não dita, a cada pensamento reprisado, cada dia mais frio, como se entrássemos na cena derradeira sem nem perceber que era um filme, posto que é chama, nos fazendo presas fáceis do sofrimento, da decepção. Não adianta, vou desapontá-la. Um dia, vou deixar você cair. E você também vai. É assim.
Vamos espernear, trocar acusações, fungar, cobrar pelas promessas mudas com juros e correção, mas entender que todo amado é livre, se locomove nos próprios tornozelos e ombros sob um céu de baunilha. Por mais dentro um do outro que estejamos hoje, voltaremos a nos comunicar com a solidão. A música do John Mayer acaba, um chora água e o outro chora óleo, a manhã seguinte sempre chega.
Fatalmente vou despedir-me com beijo de olhos abertos e trabalhar ao leste, você dará um tchau com a boca meio torta de cansaço com hora marcada no sul. Zero a zero. Por mais que você tenha feito de tudo pelo amor, ele nunca deve nada para você. Dois anos, um mês, treze dias? Não sei, mas faria tudo outra vez: busca, encontro, carinhos, janta, solidão, partida, abraço e manhãs. Seguinte."
Gabito Nunes
É bonito de se ver. A gente hoje se respira, se envolve feito leite e café, corremos na direção do outro sem medo de atravessar-se numa colisão violenta onde nenhum de nós desafia evitar. Eu quero me tornar no que te agrada, fazê-la de meu vento, e você me questiona sobre cores, filmes, texturas, lugares, cantores latinos, tamanhos, ritmos e sabores favoritos de pipoca.
O cinema espera, mal conseguimos vencer o trecho da rua, usamos o máximo de tempo cruzando uma distância percorrível em segundos, nos abraçando, trocando afagos, indo um contra o outro. Perto de seus olhos, eu vejo, parece, eu sinto, sou você. E você é eu. E esse querer é uma noite apaixonada de sexo com um dia seguinte, onde cada qual toma seu rumo. No melhor estilo Milan Kundera, nos amaremos para todo o sempre, até que uma manhã dessas, seja a seguinte.
Ninguém pode se apaixonar a não ser que se sinta solitário. É a desolação que inspira o calor. O amor vem do quente "que sorriso bonito" que você me disse. Já escutei a frase incontáveis vezes, realmente várias, mas nunca soprando tão açucarada. Nunca dita bem no meio do sorriso, ecoando a rua, me olhando e rebatendo um melhor ainda. Sorriso com os olhos, de quem gosta, de gente alegre. Como um jardim residencial de girassóis, um sorriso pra onde sempre quero voltar.
Assim como todo romance verdadeiro, construído sem perceber, a manhã seguinte ainda vai desanuviar, metaforicamente, amanhecendo a cada novo "alô, quem fala?", a cada palavra não dita, a cada pensamento reprisado, cada dia mais frio, como se entrássemos na cena derradeira sem nem perceber que era um filme, posto que é chama, nos fazendo presas fáceis do sofrimento, da decepção. Não adianta, vou desapontá-la. Um dia, vou deixar você cair. E você também vai. É assim.
Vamos espernear, trocar acusações, fungar, cobrar pelas promessas mudas com juros e correção, mas entender que todo amado é livre, se locomove nos próprios tornozelos e ombros sob um céu de baunilha. Por mais dentro um do outro que estejamos hoje, voltaremos a nos comunicar com a solidão. A música do John Mayer acaba, um chora água e o outro chora óleo, a manhã seguinte sempre chega.
Fatalmente vou despedir-me com beijo de olhos abertos e trabalhar ao leste, você dará um tchau com a boca meio torta de cansaço com hora marcada no sul. Zero a zero. Por mais que você tenha feito de tudo pelo amor, ele nunca deve nada para você. Dois anos, um mês, treze dias? Não sei, mas faria tudo outra vez: busca, encontro, carinhos, janta, solidão, partida, abraço e manhãs. Seguinte."
Gabito Nunes
domingo, 15 de agosto de 2010
Mais uma vez
Te tenho com a certeza de que você pode ir
Te amo com a certeza de que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você chegou, e juntos conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende
Viva todo o seu mundo, sinta toda a liberdade
E quando a hora chegar, volta
Que o nosso amor está acima das coisas desse mundo
Vai dizer que o tempo não parou naquele momento?
Eu espero por você, o tempo que for
Pra ficarmos juntos mais uma vez
(Mais uma vez - Jota Quest)
Te amo com a certeza de que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você chegou, e juntos conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende
Viva todo o seu mundo, sinta toda a liberdade
E quando a hora chegar, volta
Que o nosso amor está acima das coisas desse mundo
Vai dizer que o tempo não parou naquele momento?
Eu espero por você, o tempo que for
Pra ficarmos juntos mais uma vez
(Mais uma vez - Jota Quest)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Vai passar
"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de “uma ausência”. E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- … mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca … "
Caio F. Abreu
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de “uma ausência”. E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- … mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca … "
Caio F. Abreu
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Por que saudade dói?
Saudade Dói - Jammil e Uma Noites
Ah que bom seria se eu soubesse
Quais chaves para te prender
Quais as cores pra te ter comigo
Quais as frases certas pra dizer
E melhor ainda se eu tivesse
Um portal, uma maquina do tempo
Algo que te teletransportasse
Te trouxesse para mim no vento
Mas você foi pra muito longe
A distância fere de verdade
Saudade
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
Eu te espero como o mar
Espera pela embarcação
Como a flor espera a primavera
E o sol espera o verão
Eu te espero como o céu
Espera pelo avião
Como a lua espera o poeta
O amor espera o coração
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
Ah que bom seria se eu soubesse
Quais chaves para te prender
Quais as cores pra te ter comigo
Quais as frases certas pra dizer
E melhor ainda se eu tivesse
Um portal, uma maquina do tempo
Algo que te teletransportasse
Te trouxesse para mim no vento
Mas você foi pra muito longe
A distância fere de verdade
Saudade
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
Eu te espero como o mar
Espera pela embarcação
Como a flor espera a primavera
E o sol espera o verão
Eu te espero como o céu
Espera pelo avião
Como a lua espera o poeta
O amor espera o coração
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
Saudade dói, dói, dói
Machuca o coração
Saudade dói, dói, dói, dói
Faz o amor virar solidão
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Garotos e garotas, segundo Leoni
Garotos
Garotos gostam de iludir
Sorriso, planos, promessas demais
Eles escondem o que mais querem
Que eu seja outra entre outras iguais
São sempre os mesmos sonhos
De quantidade e tamanho
Garotos fazem tudo igual
E quase nunca chegam ao fim
Talvez você seja melhor que os outros
Talvez, quem sabe, goste de mim
São sempre os mesmos sonhos
De quantidade e tamanho
Garotos perdem tempo pensando
Em brinquedos e proteção
Romance de estação
Desejo sem paixão
Qualquer truque contra a emoção
Garotos II - O Outro Lado
Seus olhos e seus olhares
Milhares de tentações
Meninas são tão mulheres
Seus truques e confusões
Se espalham pelos pêlos
Boca e cabelo
Peitos e poses e apelos
Me agarram pelas pernas
Certas mulheres como você
Me levam sempre onde querem
Garotos não resistem
Aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu
Sempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos
Seus dentes e seus sorrisos
Mastigam meu corpo e juízo
Devoram os meus sentidos
Eu já não me importo comigo
E então são mãos e braços
Beijos e abraços
Pele, barriga e seus laços
São armadilhas e eu não sei o que faço
Aqui de palhaço, seguindo os seus passos
Garotos gostam de iludir
Sorriso, planos, promessas demais
Eles escondem o que mais querem
Que eu seja outra entre outras iguais
São sempre os mesmos sonhos
De quantidade e tamanho
Garotos fazem tudo igual
E quase nunca chegam ao fim
Talvez você seja melhor que os outros
Talvez, quem sabe, goste de mim
São sempre os mesmos sonhos
De quantidade e tamanho
Garotos perdem tempo pensando
Em brinquedos e proteção
Romance de estação
Desejo sem paixão
Qualquer truque contra a emoção
Garotos II - O Outro Lado
Seus olhos e seus olhares
Milhares de tentações
Meninas são tão mulheres
Seus truques e confusões
Se espalham pelos pêlos
Boca e cabelo
Peitos e poses e apelos
Me agarram pelas pernas
Certas mulheres como você
Me levam sempre onde querem
Garotos não resistem
Aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu
Sempre tão espertos
Perto de uma mulher
São só garotos
Seus dentes e seus sorrisos
Mastigam meu corpo e juízo
Devoram os meus sentidos
Eu já não me importo comigo
E então são mãos e braços
Beijos e abraços
Pele, barriga e seus laços
São armadilhas e eu não sei o que faço
Aqui de palhaço, seguindo os seus passos
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